Cultura

Moldando Futuros: Reeducandas do EPFIIZ Participam de Curso de Arte em Resina

Fotos: Tatyane Santinoni/Agepen

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da Diretoria de Assistência Penitenciária e suas divisões de Trabalho e Educação, oferece às reeducandas do EPFIIZ (Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi) a oportunidade de participar de um projeto de profissionalização de arte em resina. O curso acontece duas vezes por semana, sob a instrução da artista plástica Karla Mattos. As internas aprendem desde o básico até técnicas avançadas, explorando todo o potencial desse material versátil.

A arte em resina é moderna e promissora, com a qual pode-se criar peças exclusivas de decoração e utilitários. Durante as aulas, elas exploram sua criatividade e desenvolvem habilidades na produção de biojoias, chaveiros com diversa modalidade de criação, abrindo portas para um futuro promissor. O material necessário para as aulas está sendo fornecido pelo projeto e inclui kits de resina, caixas de luvas descartáveis, pigmentos, formas de silicone, entre outros itens essenciais.

A artista plástica, curadora de artes e senadora acadêmica cultural de Mato Grosso do Sul, Karla Mattos menciona que “conhecimentos como esse dentro de uma unidade penal é muito válido e necessário, são pessoas que precisam de ajuda e de um outro olhar na vida delas, para que enxerguem que possuem talentos e qualidades. Vejo o olho de cada uma brilhando quando montam uma peça, de enxergarem que são capazes e isso é reconfortante”.

Para a reeducanda Maricleia José Diniz, o novo aprendizado “é uma porta que representa mais que uma simples oportunidade, me vejo fazendo isso lá fora, estou muito empolgada. Será minha fonte de renda, mesmo por que nunca tive carteira registrada e estou decidida a ter uma vida diferente junto com a minha filha de 11 anos”.

De acordo com Mattos, dicas de empreendedorismo são fornecidas durante as aulas “para quem realmente quer utilizar como fonte de renda, mesmo porque é um negócio com uma lucratividade boa”. Algumas das peças elaboradas no curso foram expostas para comercialização, durante a Feira do Artesão Livre, realizada entre os dias 13 e 15 deste mês, em Campo Grande. 

O projeto teve início em março deste e atende cerca de 15 reeducandas. Ele é custeado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em parceria com a Agepen. E também conta com o apoio da 50ª Promotoria de Justiça e do Conselho da Comunidade de Campo Grande.

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