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A Desorganização nas Campanhas Eleitorais e como isso Impacta nas Urnas

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Por Michel Lenz

Imagine uma orquestra onde cada músico toca uma música diferente ao mesmo tempo, ou um time em que cada atleta está jogando um jogo diferente. Caótico, não? Infelizmente, muitas campanhas eleitorais se assemelham a estes dois grupos desordenados, com pessoas “batendo cabeça” e jogos de ego que acabam prejudicando os esforços coletivos. Neste artigo, exploraremos as razões por trás dessa desorganização e como ela pode ser a diferença entre a vitória e a derrota nas urnas.

O que é uma

Campanha, afinal?

Uma campanha eleitoral em si, é um esforço coletivo para conquistar corações e mentes dos eleitores, onde todos buscam destacar e eleger seu candidato. Para isso, planejamento e organização são essenciais, cada participante deve ter um papel claro e responsabilidades bem definidas. Sem essa clareza, a campanha rapidamente descarrila.

Um projeto político é como uma maratona, pode demorar anos: preparação do candidato, construção de reputação, bases eleitorais, pré-campanha etc ,mas quando chegamos na campanha eleitoral, o tempo é curto, são apenas 45 dias, onde todo o trabalho desenvolvido é colocado “a prova”.

Pense em uma campanha eleitoral como uma corrida de 100 metros. À primeira vista, parece um evento simples e rápido. Temos um único atleta correndo a toda velocidade em direção à linha de chegada, simples? Certo? Esse “atleta” é o candidato, o protagonista que aparece em debates, eventos, comerciais de TV/rádios e nas redes.

No entanto, o que muitos não veem é a equipe que atua nos bastidores, composta por preparadores físicos, psicólogos, nutricionistas, médicos, massagistas, auxiliares etc, os profissionais que atuam juntos na preparação e orientação deste atleta, para que ele possa realizar o seu melhor desempenho. Na política temos muitos profissionais que atuam nos bastidores das campanhas, coordenadores, cabos eleitorais, profissionais de comunicação, cientistas políticos, pesquisadores, contadores, advogados etc.

Ainda temos um outro fator a ser adicionado a esta analogia, que são as condições do clima/tempo, estará quente ou frio? Terá vento a favor ou contra? Chuva ou sol? Em que altitude esta prova será realizada? Vamos trazer para nossa realidade. Como será a campanha eleitoral? É um candidato à reeleição ou uma nova opção? O atual mandatário está bem ou mal avaliado? Tem apoio popular? Tem articulação política? São muitos fatores que devem ser analisados para que se possa elaborar um planejamento de campanha.

Assim, uma campanha eleitoral é uma combinação de esforços individuais e coletivos, planejamento estratégico, adaptação às condições externas, gestão de crises e muita “transpiração”. Cada detalhe importa e pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso. Isso nos leva ao próximo ponto crucial: a execução dos trabalhos. A inspiração faz diferença, mas a transpiração é ainda mais importante. Iniciativa sem “acabativa” não leva a lugar nenhum, vamos explorar isso mais a fundo.

Transpiração é mais

importante que inspiração

Durante a campanha eleitoral, não há espaço para erros (quando eles acontecem, devem ser rapidamente corrigidos). Seguir o planejamento é extremamente importante. Por isso dizemos que a transpiração, ou seja, o trabalho árduo e consistente, é o que transforma as estratégias em resultados tangíveis.

A inspiração pode acender as chamas das grandes ideias, mas é a transpiração que mantém o fogo aceso e garante que a campanha avance. Manter o foco no planejamento é essencial para atingir os objetivos. Como diz o ditado popular: “não há nada pior do que um idiota motivado”. Isso pode comprometer todo o projeto. Motivação sem direção pode ser catastrófica.

A motivação é crucial, mas deve ser acompanhada de um plano claro e passos concretos. Iniciativa é ótima, mas a “acabativa” ou seja, a capacidade de levar uma tarefa até a conclusão, é igualmente e, provavelmente, mais importante. É fácil se encantar com ideias brilhantes e inovadoras, mas sem um plano de ação detalhado e a determinação para levá-lo até o fim, essas ideias permanecem apenas isso: ideias.

Mas, então, nunca mudamos um projeto eleitoral? Claro que mudanças estratégicas, táticas e/ou operacionais podem acontecer, mas elas também devem ser planejadas e não acontecer de forma aleatória e sem direcionamento certo.

O próximo passo é garantir que a equipe esteja alinhada, disciplinada e comprometida com a missão coletiva, eliminando egos e focando na execução precisa e eficaz das estratégias.

Mas isso a gente vai ver no próximo artigo, semana que vem.

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Alcateia Política é um coletivo de estrategistas em Comunicação e Marketing Político, com o propósito de defender e manter a democracia e preservar a liberdade de pensamento como forma de construção da cidadania. Desenvolvemos soluções estratégicas em projetos políticos, compreendendo as necessidades e particularidades de cada cliente, o cenário político no qual está inserido, elaborando as melhores soluções em Marketing e Comunicação, com honestidade intelectual, utilizando tecnologia e métodos científicos e valorizando vivências e experiências. Assumimos como missão: “Contribuir para a melhoria da sociedade brasileira, por meio de ações políticas éticas e inovadoras”.

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​​Michel Lenz: Apaixonado por estratégia, inovação, ideias e projetos, pelos tatames e a filosofia do jiu-jitsu, sua vida é a família (Papai de Alice). Estrategista de Marketing e Comunicação, Sócio Proprietário/CEO da IntMark – Inteligência de Marketing, Cofundador da Alcateia Política, Sócio/CMO da Ninjas Contabilidade, Professor de Jiu-Jitsu na Union Team. Possui MBA em Marketing Político e Comunicação Governamental, MBA em Gestão de Marketing e Comunicação, Bacharel em Sistemas de Informação. Atua com marketing político desde 2016 com campanhas eleitorais e mandato, como estrategista de campanha, estrategista de marketing e comunicação e coordenador de equipe, além de realizar diagnósticos de presença digital.LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/michel-lenz/

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