Jean-Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional, atual Reunião Nacional, e figura histórica da extrema direita francesa, morreu nesta terça-feira (7), aos 96 anos. Le Pen estava internado em uma casa de repouso nos arredores de Paris há várias semanas devido à saúde debilitada. Segundo comunicado oficial, ele faleceu ao meio-dia, “cercado por sua família”.
Líder polêmico e controvertido, Le Pen transformou a Frente Nacional, fundada em 1972, em uma força significativa na política francesa. Em 2002, levou o partido ao segundo turno das eleições presidenciais. Seu legado político é marcado por declarações frequentemente condenadas como racistas e xenófobas.
Jean-Marie Le Pen retirou-se progressivamente da política a partir de 2011, quando sua filha Marine Le Pen assumiu a presidência da legenda. O partido tornou-se, sob sua liderança, um projeto familiar, com a inclusão de filhas, genros e, em 2012, de sua neta Marion Maréchal-Le Pen nos quadros de comando.
Em 2011, ele foi expulso do partido que fundou devido a declarações que Marine considerou prejudiciais à imagem da legenda. O líder histórico classificou sua exclusão como “traição” e pediu que a filha não utilizasse mais seu sobrenome. Apesar das tensões, Le Pen ‘Pai’ permaneceu como presidente de honra do partido até 2018.
