Campo Grande se despediu neste domingo (15) de mais uma edição do Arraial de Santo Antônio — e com um gosto de “quero mais”. Durante quatro dias de festa, a Praça do Rádio Clube recebeu mais de 40 mil pessoas, consolidando o evento como um dos mais queridos do calendário cultural da Capital.

O público encontrou de tudo um pouco: comidas típicas a preços acessíveis, apresentações culturais e uma programação musical que levou famílias inteiras a cantar e dançar juntas. Tudo isso em um ambiente pensado para agradar quem busca diversão, segurança e aquele clima acolhedor de festa junina.

Tradição, fé e muito forró

A programação começou na quinta-feira (12), com shows da dupla João Marcos & Zé Ronaldo e da popular Jads & Jadson. Na sexta (13), a procissão e a missa em homenagem a Santo Antônio reuniram fiéis antes de mais música, desta vez com Gilson & Júnior.

No sábado (14), a festa seguiu animada ao som de Max Henrique e da dupla Alex & Ivan. O encerramento, no domingo, ficou por conta de Fábio Cunha e do grupo Ipê de Serra — que levantaram o público em uma noite marcada por emoção e clima familiar.

As quadrilhas juninas e grupos culturais também tiveram espaço garantido. O grupo Camalote trouxe o tema de Maria Bonita e Lampião no sábado, reforçando o clima nordestino da festa. Já no domingo, o Bonde do Flashback colocou todo mundo pra dançar com hits das décadas de 70, 80 e 90.

Katia Maiane, de 48 anos, integrante do Bonde do Flashback, contou sobre o projeto que mistura festa junina com música retrô:

“Este é o quinto ano que participamos. No ano passado abrimos o Arraial, neste encerramos. É uma festa plural, democrática, com muita diversidade cultural e rítmica. É um prazer fazer parte disso.”

Festa que une gerações

Além dos veteranos de outras edições, quem foi pela primeira vez também se encantou. A enfermeira Sara Amarila, de 30 anos, foi com o marido e a filha pequena:

“Viemos só para dar uma olhada, mas acabamos ficando. Foi impossível resistir. Tudo lindo, muito organizado. Ano que vem voltamos com certeza.”

A administradora Maria Aparecida Palácio, de 37 anos, é de São Paulo e participa do evento desde que se mudou para Campo Grande em 2021:

“Me apaixonei na primeira vez. No ano passado vim grávida, e este ano já trouxe minha filha. A gente sai feliz, mas já com saudade.”

Mais que festa: impacto social e cultural

Além da diversão, o Arraial tem também um lado social. Barracas comandadas por entidades assistenciais ajudaram a arrecadar recursos para projetos que atendem comunidades da cidade durante todo o ano.

Com mais uma edição encerrada, o Arraial de Santo Antônio mostra que vai além da música e da dança. É um reflexo da cultura local, das raízes populares e da capacidade de reunir gerações em torno da fé, da alegria e da tradição.

A contagem regressiva para o ano que vem já começou.