
A prefeitura de Ponta Porã decretou situação de emergência após as fortes chuvas que atingiram a cidade entre a quinta-feira e a madrugada desta sexta (17). De acordo com a administração municipal, foram 273 milímetros acumulados nesse período, causando estragos e deixando mais de 30 famílias desalojadas.
O documento, assinado pelo prefeito Eduardo Campos (PSDB), considera a ocorrência de diversos danos à rede elétrica, árvores e estruturas residenciais e comerciais, além de alagamento e destelhamento de residências.
O chefe do Executivo cita ainda a interdição de pontes e vias públicas e o fechamento de diversos estabelecimentos empresariais.
“A Secretaria de Assistência Social de Ponta Porã está visitando as áreas mais afetadas pelas chuvas, sobretudo moradias irregulares na beira de córregos, e prestando todo apoio às pessoas e famílias atingidas, a começar por garantir alimentação. Muitos perderam utensílios domésticos, colchões e móveis”, diz comunicado emitido pela prefeitura.
Um posto de coleta foi instalado no Centro de Convenções da cidade, onde doações são realizadas.
Reunião
Após o temporal ocorrido em Ponta Porã, o governador Eduardo Riedel ofereceu apoio ao município, disponibilizando a estrutura da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) para a realização dos trabalhos na cidade.
A Defesa Civil calculou 289 milímetros – pouco a mais do que o anunciado pela prefeitura – de chuva até a manhã desta sexta-feira (17), enquanto o esperado para o mês inteiro de fevereiro era de 160 milímetros, conforme o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
Estragos
Chuva registrada desde a tarde de quinta-feira (16/2) em Ponta Porã deixou estragos na cidade. Servidores das secretarias de Obras e Assistência Social, além da Defesa Civil, iniciaram os trabalhos nas ruas do município.
Durante a noite de ontem e a madrugada de hoje, equipes atuaram no resgate de moradores de vários bairros por conta de alagamentos em residências, deixando as famílias desabrigadas.
O excesso de água também causou estragos na infraestrutura urbana. A rua México foi interditada para avaliação técnica em uma ponte próximo ao córrego São João Mirim, no bairro Estoril.
De um lado da pista, partes do asfalto cederam junto ao barranco.
Já o trânsito na Rua Cajamanga, na altura do córrego São João Mirim, está liberado apenas em meia pista. Um carro foi encontrado à beira do córrego e estava parcialmente destruído.