Após mais de um ano do “arrastão” que levou três aviões, incluindo o do cantor e ator Almir Sater, em Aquidauana (MS), o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) apura a hipótese de que a aeronave do artista esteja na Bolívia e que tenha sido usada pelo tráfico internacional de drogas.
Conforme relatado pelo portal G1, a delegada responsável pelas investigações, Ana Cláudia Medina, disse que no fim de 2022 houve uma grande apreensão de aeronaves no aeroporto de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e o avião do cantor pode estar entre os apreendidos.
“As aeronaves apreendidas estavam lá a serviço do narcotráfico. Algumas características das aeronaves roubadas em Aquidauana batem com os aviões que estão apreendidos na Bolívia. Nós fizemos todas as gestões para que pudéssemos ter acesso as aeronaves e periciá-las, pois estavam adulteradas”, detalha Medina.
Perícia
Medina explica que a perícia nas aeronaves apreendidas na Bolívia está comprometida. No Brasil, a Polícia Civil já estabeleceu todos os trâmites e aguarda a autorização do governo boliviano para que a perícia técnica seja feita nos aviões em Santa Cruz de La Paz.
“Aguardamos o posicionamento do governo da Bolívia para a nossa entrada lá. A gente não pode afirmar que são os aviões. As características são parecidas, mas para qualquer tipo de constatação existe a necessidade de ir até o local e periciar. Os modelos são muito semelhantes”.
A delegada e responsável pela Dracco explica que a hipótese do avião ter ido para a Bolívia já havia sido levantada. A comparação entre as aeronaves apreendidas na Bolívia e das roubadas em Mato Grosso do Sul foi feita apenas por fotos até então.
“A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul já adotou junto a Brasília todos os pedidos necessários para que a gente possa ter acesso a essas aeronaves aprendidas. Tiveram 38 pessoas presas na época. A gente tem informações que os aviões estão todas alterados”, detalha a delegada.