Política

CNM envia carta ao presidente pedindo coordenação contra a pandemia

Presidente Jair Bolsonaro discursa após cerimônia de posse do Ministro de Estado da Cidadania, Joao Roma, e do Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onix Lorenzoni e sanção da Lei da Autonomia do Banco Central

Para entidade, é hora de focar no presente e produzir resposta efetiva

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou hoje (23) uma carta aberta ao presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a situação da pandemia no Brasil. A entidade reivindica que o Executivo Federal “assuma de uma vez por todas o papel constitucional de coordenação nacional no enfrentamento da covid-19 no país, promovendo o alinhamento entre as esferas de governo e de poder”.

Assinada pelo presidente da confederação, Glademir Aroldi, o documento enfatiza a defesa da vida como prioridade e destaca que é “hora de focar no presente, produzir resposta efetiva, colocar a evidência científica como norte e despolitizar a pandemia”.

Segundo o texto, a carta é apresentada na “pior fase da pandemia”, um momento com “resultados trágicos cuja dimensão social e econômica ainda é incalculável”.

“O presidente da República deve estar pessoalmente empenhado na execução de campanha de comunicação em prol da eficácia e da segurança das vacinas, além da defesa das medidas não farmacológicas, como o distanciamento social, o uso de máscaras e álcool gel, que vêm sendo adotadas em todo o país por estados e municípios”.

Para a confederação, o alinhamento dos governos federal, estaduais e municipais é fundamental neste momento para frear a evolução das curvas de casos de covid-19 e das mortes associadas a ela.

A entidade afirma a necessidade de medidas para fomento à produção de neurobloqueadores e de oxigênio e uma operação para promover uma melhor distribuição destes insumos no território nacional, atendendo às regiões com maior demanda.

“Uma nação não pode aceitar cidadãos morrendo sufocados ou tendo que suportar dores indescritíveis decorrentes de intubação sem anestesia. O Brasil está em guerra contra o vírus e, na guerra, todos têm responsabilidades. A União precisa reorientar as plantas produtivas à disposição no país e, mais do que nunca, mobilizar a diplomacia internacional a fim de garantir as condições necessárias, para responder a esta batalha”, completa a carta.

A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República e aguarda retorno.

Edição: Fábio Massalli

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