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Esquerda ou Direita ….. mas e o Brasil?

O ano de 2024 é marcado pelas eleições municipais, mais de cinco mil e quinhentos municípios, devem eleger seus prefeitos com mais de cinquenta e oito mil vereadores, e que estamos acompanhando nos últimos tempos no nosso País é um confronto direto entre a esquerda a e direita sobre o viés político. Mesmo com tempos difíceis em razão dos ainda efeitos do “póspandemia” o que se vê e observa é um confronto desnecessário de acusações e revides, porém não se vê busca por soluções para o Brasil, o que se tem para agora é uma troca incessante de “acusações”, apenas isso.

​Atualmente estamos atravessando uma crise de identidade política sem precedentes, e por consequência todos os setores da sociedade estão sendo afetados, a economia, a garantida de emprego, a vida familiar, a relação das pessoas, e claro a situação político administrativa do nosso País, mas isso não pode ser desculpa para infração ao que de mais sagrado se tem em uma sociedade política organizada, que é o respeito às leis e a Constituição.

​O problema real é que temos milhões de cidadãos desempregados, um número absurdo de empresas fechando e com imensa dificuldade financeira, o País beirando a recessão econômica grave; como por exemplo a atual situação das empresas aéreas; e quem realmente deveria importar com esta situação, não o faz, ou pelo simples fato de ser de ideologia diferente ou por não aceitar a discussão no campo democrático, e isso é uma faísca para detonar um gravíssimo problema social.

​Espera-se que a recuperação do mercado de trabalho enfraqueça nos próximos meses seguindo a trajetória de arrefecimento em curso da atividade econômica. Estima-se que a taxa média de desemprego que alcançou 9,4% em 2022, subiu para 9,8% em 2023 e chegue 9,9% em 2024.

​A radicalização das ideias neste momento não leva a resultado positivo algum, pelo contrário tende a levar a sociedade para um caminho sem volta com consequências gravíssimas, neste sentido os poderes devem, ou deveriam,traçar ações em conjunto para buscar uma solução pacífica e democrática, sem se importar com eleição ou reeleição ou com populismo.

​Vai chegar um momento que de fato o comprometimento da economia será irreversível, e como solucionar? Na verdade, o que vai acontecer serão inúmeros “palanques políticos” e quem vai discursar serão aqueles que hoje tem feito pouco o quase nada para ajudar na saída pacífica e democrática para o problema real. E esses discursos vão procurar “vender” uma ideia diversa da real e do que realmente acontece nesses tempos de criseem nosso país. 

​Segundo a projeção é de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil desacelere de 3,1% em 2023 para 1,6% em 2024, devido aos impactos prolongados das taxas de juros mais altas e da queda da demanda externa.

​Então não há fórmula mágica a não ser trabalhar em conjunto para um resultado positivo e sem conflitos, e isso deve ser o objetivo dos nossos representantes nos três poderes da República.

Não há união da classe política no Brasil, não há um objetivo comum de buscar soluções para os graves problemas sociais que o chamado “pós pandemia” deixou, não existe hoje um projeto sólido de recuperação da economia, simplesmente não há (veja o atual déficit financeiro que o governo trouxe em 2023). A única certeza que se tem é que o custo disso tudo será alto e a conta será paga pelo povo brasileiro, e mais nada. O que precisamos é de soluções concretas, o povo brasileiro é muito criativo e trabalhador em sua esmagadora maioria, não podemos ficar em meio a uma discussão de direita ou esquerda, precisamos é de uma discussão em prol do Brasil, que neste viés está sendo deixado de lado.

​Não há outra saída, todos os setores da sociedade precisam encontrar juntos alternativas que onerem o menos possível os cofres públicos. Claro que o comerciante precisa vender, o profissional liberal precisa trabalhar, enfim a economia precisa girar, mas não pode haver extremismo, não é hora de palanque político, não é o momento de imputar responsabilidade. 

​O momento exige soluções criativas para dar um norte a todos, pois se não houver solução rápida os efeitos serão devastadores para todos, a recuperação do Paíslevará décadas, não se pode apenas buscar dinheiro para auxílio econômico para a população carente, precisa de mais, muito mais.

​A população precisa de um projeto de recuperação da economia de forma sólida e o mais rápido possível, de políticas públicas que garantam trabalho e dignidade, neste norte é que poderemos colocar um viés de esperança para toda a população brasileira, com renuncias de todos aqueles que podem – em especial a classe política – que pode ajudar e muito principalmente se renunciar ao próprio custo financeiro para sua manutenção e também renunciar ao projeto político “pessoal” e contribuir para um projeto político de recuperação do Brasil, que está tão doente quanto aqueles que sofreram com a pandemia do COVID 19, que recentemente assolou nosso país.

Por

Bento Adriano Monteiro Duailibi

Advogado militante, Professor Universitário, 

Pós-graduado em Direito Civil e Metodologia do Ensino Superior, 

Membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul,

Membro da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do 

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