Ex-servidor da prefeitura de Campo Grande é preso em investigação contra o ex-prefeito Marquinhos Trad
Alvo de mandado de prisão, Victor Hugo Ribeiro Nogueira da Silva, de 36 anos, que é ex-servidor da Prefeitura de Campo Grande e ainda dono de uma casa de prostituição na capital do Estado, foi detido nesta quarta-feira (31) pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Ele é suspeito de coagir testemunha a ‘voltar atrás’ em depoimento prestado no inquérito que investiga denúncias de assédio sexual supostamente cometidas pelo candidato ao Governo do Estado Marquinhos Trad (PSD).
Victor teria procurado uma das testemunhas ouvidas no caso e a convencido a ‘voltar atrás’ no depoimento prestado. Assim, ela teria sido levada a um cartório, onde documento foi assinado, relatando o contrário do que tinha sido dito anteriormente à polícia.
Com mandado de busca e apreensão em mãos, a Polícia recolheu equipamentos eletrônicos, como celulares, computadores, HDs, tabletes e outros na posse de Victor Hugo. Além dele, três mulheres foram levadas para a delegacia e uma delas precisou assinar termo por portar drogas para uso pessoal, na Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).
Victor Hugo ocupou cargos em comissão no Executivo municipal de março de 2017 até 8 de julho do ano passado, quando foi exonerado a pedido. Neste intervalo, passou pela Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos, sob o comando de Ademar Vieira Júnior, o Junior Coringa (PSD), que hoje é vereador, chegou a ser lotado na Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e trabalhou como “gestor de projetos” no gabinete do prefeito. O último pagamento que recebeu do município, em julho do ano passado, foi de R$ 5.784,63, com os descontos.
O ex-servidor também responde a vários processos judiciais. Na área criminal, é acusado de furto e estelionato. De acordo com a Polícia Civil, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em dois imóveis, sendo um comercial e o outro, onde foi constatado que funcionava uma casa de prostituição, conforme repercute nesta quinta-feira (1) a edição online do jornal Folha de Campo Grande.
A ação faz parte das investigações de denúncias de assédio sexual envolvendo o ex-prefeito e candidato a governador, Marquinhos Trad (PSD), como parte do inquérito 3457/2022.