Um vídeo em que duas meninas aparecem apanhando do pai, numa praia em Salvador (BA), gerou revolta e comoção nas redes sociais nos últimos dias. Nas gravações, um homem é flagrado dando chineladas e empurrando as crianças no chão com violência. Nesta quarta-feira (3), o agressor finalmente se pronunciou e divulgou um vídeo em que chora e pede desculpas pela atitude.
“Nada vai justificar o que eu fiz, eu errei, mas quero dizer para vocês que não sou monstro. Essas pessoas que estão falando de mim não sabem o amor que tenho pelas minhas filhas”, disse. “Na mesma hora, a raiva passou e eu me desculpei. Eu bati nos meus filhos, mas foi na intenção de educar. (…) Eu poderia ter conversado, poderia ter sido de outra forma. Eu fiz da pior forma e errei por amor, porque eu pensei que a minha filha estava morta”, completou.
A cena da agressão foi gravada por banhistas no último domingo (1), na praia de Itapuã, em Salvador. Segundo o pai, tudo aconteceu depois que as meninas saíram de perto do guarda-sol onde estava a família e acabaram se perdendo na praia. Assim que voltaram, as garotas de 7 e 10 anos foram recebidas com violência pelo homem.
“Por mais que aquelas imagens sejam fortes, minhas filhas estão aqui, não têm um hematoma, não têm uma marca. Eu reconheci meu erro que eu bati demais, mas eu peço, pelo amor de Deus, que tenham misericórdia. Eu sou um pai de família, eu amo minha família, eu amo minhas filhas. Todo mundo está me olhando como monstro, como bicho, como a pior miséria que existe na Terra”, afirmou.
Em um outro vídeo, o homem gravou uma declaração dentro de um quarto, em que mostra as duas meninas deitadas numa cama. “Eu passei do limite. Mas eu não matei minhas filhas, não dei cacetada, não dei facada, não dei paulada, não dei garrafada, eu bati com uma sandália. Quem nunca apanhou de sandália? Agora, eu mereço isso? Todo mundo querendo arrancar a minha cabeça e ver meus filhos sem pai? Por quê? Por um momento de fraqueza em que tentei educar? Não sou esse monstro que vocês estão pensando. Sou um pai de família”, finalizou.
Nos depoimentos, o homem declara que está foragido. Ele e a família moram na cidade de Feira de Santana, no interior do estado, e estavam na capital comemorando a virada de ano. Agora, o caso será conduzido pelo Conselho Tutelar e pela Polícia Civil.
Fonte: Revista Crescer