Legado de Bolsonaro: PF faz operação contra desvio de armas de CACs para facções em MS
A Polícia Federal apreendeu quase R$ 200 mil em dinheiro, uma arma 9mm e munições na 2ª fase de operação que investiga o desvio de armas de possíveis Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) para facções criminosas, um dos legados da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), em que os registros para estas categorias triplicaram em relação ao total dos 15 anos anteriores.
Além das apreensões um mandado de prisão preventiva foi expedido neste sábado (3). As ordens judiciais foram cumpridas em Campo Grande e Medianeira (PR).
Em outubro, a PF apontou um empresário ligado a um clube de tiros com sede em Campo Grande como principal suspeito de chefiar o esquema de desvio de armas.
A operação chegou ao suspeito após Narciso Chamorro ser preso com um arsenal no porta-malas de um veículo, em 4 de outubro. O clube e o empresário, Rodrigo Donovan, negam envolvimentos no caso. À época, o clube e o empresário negaram envolvimentos no caso.
De acordo com o portal G1, a suspeita é de que as armas de CACs seriam desviadas para as organizações criminosas “dedicadas à prática de crimes violentos, como roubos a comércios, bancos e até tomada de cidades”.
Estopim
As investigações da operação Oplá, iniciada no mês de outubro, acarretaram na prisão de Narciso Chamorro, portador de autorização de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador), no dia 4 de outubro, em Campo Grande.
Narciso foi preso com quatro fuzis calibre 7.62, três pistolas 9 mm de fabricação americana com “kit rajada”, coletes balísticos com identificações falsas da Polícia Civil, balaclavas e várias munições.
As armas eram roubadas e estavam no porta-malas do carro que o suspeito dirigia quando foi parado pelos policiais. Para a polícia, o homem confessou que receberia R$ 2 mil para guardar e transportar os armamentos e que já era a segunda vez que fazia isso.
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