MS prioriza reativação de ferrovias e modernização de modais para melhorar logística do Estado
Retomar o transporte ferroviário, melhorar as rodovias, incrementar o envio de mercadorias por hidrovia e ampliar e revitalizar os aeroportos. Estas são hoje as prioridades do Governo do Estado para Mato Grosso do Sul avançar em logística com competitividade.
O detalhamento foi feito pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, que participou ontem (3) do 9º Encontro Regional do Plano Nacional de Logística (PNL) 2050. O evento, promovido pelo Ministério dos Transportes, foi realizado na Famasul, em Campo Grande.
O encontro integra a segunda fase do PNL 2050, programa estratégico do Governo Federal que traça o planejamento de longo prazo para a infraestrutura de transportes no Brasil. Com o tema ‘Participação Social para Construção do Diagnóstico do PNL 2050’, o evento reuniu representantes do governo, entidades do setor produtivo e especialistas para discutir os principais desafios logísticos da Região Centro-Oeste.
Durante a programação, estão sendo debatidos gargalos e potenciais de corredores estratégicos da malha de transportes, com foco especial em Mato Grosso do Sul, estado que ocupa posição de destaque no agronegócio brasileiro e depende de um sistema logístico eficiente para manter sua competitividade nos mercados interno e externo.
“O Governo Federal olhando para o setor de logística nos próximos 25 anos está fazendo um diagnóstico em cada uma das regiões. Aqui é um evento do Centro-Oeste para identificar quais são os grandes gargalos do sistema logístico visando obviamente o crescimento do país. Quando trazemos isso para Mato Grosso do Sul, consideramos que após a reforma tributária, a logística ela toma um papel ainda mais relevante, nós temos que ter competitividade”, pontuou o secretário Jaime Verruck.
O secretário Jaime Verruck destacou ainda quais os gargalos logísticos de Mato Grosso do Sul.
“O Governo tem priorizado como gargalo a questão da ferrovia. Nós entendemos que essa é uma prioridade, porque o Governo entendeu que as rodovias nós temos dois projetos já em avanço. Então o Estado hoje o ponto principal de gargalo é a questão ferroviária e o segundo que ainda não é um gargalo que é que ele vai ser uma parte da solução é a Rota Bioceânica”, salientou.
Verruck enfatizou que a competitividade na logística exige a redução de custo e de tempo.
“Essas são as duas grandes questões. Para isso a gente precisa investir em logística. Então o que estamos discutindo é a importância de que hoje nós temos ainda um gargalo que é a ferrovia. Essa matriz tem que ser alterada. E é o que está se discutindo. Olhando para um horizonte de longo prazo é como o Brasil vai ter os investimentos. Só que vai ter que priorizar, isso foi destacado pelo Governo Federal. Não existem recursos para fazer tudo que é necessário, nem estadual, nem federal. Então a gente tem que priorizar onde são os principais gargalos”, complementou.
Sobre ampliar a competitividade, o secretário lembra que a meta está atrelada a uma redução de custo.
“Hoje todo esse modal está concentrado especificamente em caminhão. Quando você cria a intermodalidade a ideia é que você tenha um custo de frete menor para levar os seus produtos para qualquer lugar do mundo. Mato Grosso do Sul é efetivamente exportador. E a outra questão é o tempo. Quando você tem o sistema logístico adequado, o tráfego flui melhor. Então a questão do tempo é fundamental. Quando se olha o sistema logístico a gente tem que investir para reduzir custo e diminuir o tempo de levar os produtos até os consumidores ou até os outros países”, ressaltou.
Para o secretário, a discussão do PNL com o Governo federal é fundamental porque aproxima o setor da relidade local.
“O fato do Governo Federal vir aqui fazer essa discussão com o setor privado, com o setor público mostra exatamente que a gente tem condições de apresentar quais são os gargalos do Estado. Porque senão isso fica muito maior. Então a construção a partir do diagnóstico local é fundamental”, finalizou.
A abertura contou com a participação do diretor-tesoureiro da Famasul, Frederico Valente, a subsecretária substituta do Ministério dos Transportes, Larissa Spinola, do presidente da Setlog/MS, Cláudio Cavol, e do assessor de logística da Semadesc, Lúcio Lagemann.
A ideia é reforçar a importância da colaboração entre o setor público, a sociedade civil e os setores produtivos na construção de um diagnóstico técnico alinhado à realidade local.
Pelo Ministério dos Transportes, a subsecretária substituta Larissa Spínola destacou o compromisso do Governo Federal com o diálogo com o setor produtivo. “Precisamos percorrer o Brasil para entender o Brasil. Estamos aqui para ouvi-los”, afirmou, reforçando o papel colaborativo na construção do PNL 2050.
A metodologia do PNL 2050 envolve a análise de dados técnicos como matrizes origem-destino, mapas de saturação e indicadores multidimensionais, considerando critérios como acessibilidade, sustentabilidade e integração regional. O objetivo é subsidiar a definição de metas e estratégias para a transformação da infraestrutura nacional até 2050.
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