Com a morte do deputado estadual Onevan de Matos (PSDB-Naviraí), a presidenta da Fundação da Cultura de Mato Grosso do Sul, Mara Caseiro (PSDB) deverá ocupar vaga como primeira suplente para o cargo. Mesmo antes de assumir como deputada, a possibilidade de algum político, de fora do mundo cultural assumir a pasta já tem incomodado a classe artística.
Depois de um primeiro mandato (2014-2018) sob críticas, calotes e escândalos na gestão da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul, o governador ignorou o compromisso de campanha firmado em 2018 e colocou a ex-deputada não eleita, Mara Caseiro (PSDB) à frente da pasta, apesar das reclamações do setor, que pedia alguém técnico, que tivesse conhecimento da área.
Em 2019, o setor insistiu numa reaproximação e conseguiu algumas vitórias: a reativação do Conselho Estadual de Cultura, que havia ficado alguns anos sem atividade e liberou o Fundo de Incentivos Culturais (FIC), que deveria ser anual, mas esteve interrompido entre 2016 e 2019, devido ao calote de 2015, inviabilizando novos projetos.
A saída de Mara Caseiro abre caminho para que o governador cumpra o compromisso assumido há pouco mais de dois anos, mas não é o que vem se desenhando.
Polêmica
Especula-se alguns nomes para assumir a pasta, novamente entre aqueles que tiveram projetos políticos derrotados em 2020, o candidato a vereador derrotado em Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), a prefeita de Dourados, Délia Razuk (Sem Partido), que apoiou a candidatura derrotada do deputado estadual Barbosinha no comando de Dourados e presidente do DEM Mulher, Geovana Correia de Maracaju. Os três não tem ligações com o mundo cultural do Estado.
Para a vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, Romilda Pizzani essa situação deverá ser discutida ainda essa semana.
“Teremos uma reunião na sexta-feira dia 20/11 entre os conselheiros da sociedade civil e governamental para conversarmos mais sobre isso, a princípio a sociedade civil juntamente com os colegiados estão conversando sobre e teremos uma outra reunião convocada pelo (Fórum Estadual da Cultura (FESC) para tirarmos encaminhamentos”, comentou Romilda.