Operação coordenada nacionalmente pelo Gaeco do Ministério Público de Alagoas cumpre 16 mandados de prisão e mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (28). O objetivo é desarticular a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que agora conta com mais mulheres em postos de comando, as chamadas “Damas do Crime”.
A Operação “Flashback II” também ocorre nos estados de Sergipe, Pernambuco, Ceará, Bahia, Paraíba, Piauí, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. No total, as forças integradas cumprem 212 mandados de busca e apreensão e de prisão, distribuídos em 71 municípios, localizados em quatro regiões brasileiras.
No Mato Grosso do Sul, o Gaecoe a Agepen (Agência Penitenciária de Mato Grosso do Sul) cumprem 16 mandados de prisão e mandados de busca e apreensão.
As “Damas do Crime”
Nas investigações da Operação “Flashback II” foi constatado o protagonismo das mulheres ligadas ao PCC, com notado avanço na ocupação de cargos de chefia no organograma da organização criminosa.
De acordo com os levantamentos da Polícia Civil de Alagoas, as mulheres têm perfil igualmente violento quanto ao dos homens da facção quando definem julgamentos ocorridos nos tribunais do crime.
As que possuem funções disciplinares conduzem normalmente estes rituais, elaborando as suas “peças conclusivas”, que resultam em condenações ou absolvições. Elas aplicam as mais diversas penas, inclusive assassinando rivais ou mesmo membros transgressores do PCC.
Ficou constatado que o núcleo das “Damas do Crime” é composto por 18 mulheres e apenas um homem que, somados aos demais núcleos da operação, totalizam 39 mulheres alvos de mandados de prisão e busca e apreensão, que correspondem a 18% do total de alvos da operação.
Vale destacar que na fase I da Operação “Flashback”, apenas sete mulheres foram alvo de mandado judicial, o que agora corresponde a um aumento de 557% nesta segunda etapa.
Efetivo mobilizado
A Operação “Flashback II” mobiliza uma força-tarefa articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, integrada por órgãos federais e órgãos estaduais de diversos Estados. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas (SEOPI), do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) e da Polícia Federal, atua em parceria com o Ministério Público Estadual/GAECO de cada Estado envolvido, articulando com órgãos da Segurança Pública.
Para garantir o cumprimento de todos os mandados de prisão e demais trâmites cartorários, aproximadamente 1.000 policiais federais, civis e militares de todos os Estados onde a facção foi pontuada, foram envolvidos.