Prefeitura afirma que revitalização de antiga rodoviária vai atrair investimentos e fomentar região
A revitalização do antigo Terminal Heitor Eduardo Laburu vai atrair investimentos não só para a reabertura do antigo centro comercial, mas também para toda a região. A expectativa é da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, manifestada no pronunciamento durante ato de assinatura das obras de requalificação das áreas públicas da antiga estação rodoviária, construída na década de 70, com 30 mil m², dos quais 5,1 mil m² pertencem ao Executivo Municipal. A previsão é que as obras estejam concluídas em um ano.
A prefeita avalia que a requaficação do prédio integra o projeto de desenvolvimento da cidade e contempla também o acolhimento das pessoas em situação de rua no entorno. ” Este é um dia histórico. Representa um marco da largada para o resgate não só deste prédio, mas desta região que passou por décadas de degradação. Peço a vocês comerciantes, aqui estabelecidos, bem como a toda a população, que tenham um pouco mais de paciência. Como toda obra, seja de reforma ou construção, gera desconfortos, mas certamente valerá a pena. Garanto que a revitalização da antiga rodoviária é irreversível. Os recursos estão assegurados, a empresa contratada”, destacou a prefeita.
Revitalização
Ao longo dos anos, o espaço passou por um processo de degradação que provocou o fechamento do centro comercial existente. O terminal rodoviário foi desativado há 12 anos. Na obra serão aplicados recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional no valor de R$ 15.340.247,13, obtidos por meio de emenda da bancada federal. A Prefeitura entrará com uma contrapartida de R$ 1.258.893,64, totalizando R$ 16.598.800,77 de investimento.
O projeto de revitalização abrangerá as áreas públicas nos dois pisos do prédio, que somam 5,1 mil m² e a construção de 3,5 mil m², em dois andares, na Rua Joaquim Nabuco, entre as antigas plataformas de embarque e desembarque dos ônibus do transporte municipal. O espaço vai abrigar a Guarda Civil Metropolitana e a Funsat. Nesta parte do prédio, funcionavam as plataformas de embarque e desembarque dos ônibus intermunicipais e o piso superior, com 1.460,09 m², abrigava os guichês para venda de passagens.
O espaço das antigas plataformas externas será adaptado para se tornar um corredor de acesso à galeria e ao edifício público, transformado em um grande calçadão com jardins contemplativos. São 2.326,53 m² margeando as ruas Joaquim Nabuco e Vasconcelos Fernandes.
O espaço em que funcionava o terminal de transbordo do transporte coletivo, será transformado em área de estacionamento no horário comercial. O piso será nivelado para se tornar um grande platô, espaço multiuso para eventos. O projeto contempla ainda soluções viárias para garantir maior segurança no trânsito e vagas de estacionamento, facilitando o acesso do que já foi uma das mais movimentadas galerias comerciais da cidade, um embrião do que são hoje os shoppings.
Serão implementadas soluções urbanísticas para adequar o prédio às normas de acessibilidade. As calçadas no entorno serão alargadas, o estacionamento em 45 graus retirado para inserção de jardins e áreas de estar com rampas. Estão previstas faixas elevadas de pedestres para controlar a velocidade dos veículos, o que vai aumentar a segurança de pedestres e ciclistas.
Como parte do Reviva Mais Campo Grande, as ruas no entorno, Dom Aquino e Barão do Rio Branco, já foram recapeadas e receberam calçadas com piso tátil e rampas de acessibilidade.
A proposta arquitetônica prevê também a reabertura das duas claraboias do projeto original, que foram fechadas ao longo dos anos, prejudicando a iluminação e a ventilação do prédio. Na reabertura dos vãos serão feitos acessos ao pavimento superior. A antiga rodoviária receberá uma fachada moderna com jardins verticais, que além do componente estético, vai melhorar o isolamento térmico, reduzindo o calor no verão e ajudando a manter a temperatura amena no inverno. A solução também vai reduzir gastos com energia elétrica, já que será necessário menos refrigeração.