O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (IMPI) concedeu a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a patente de uma nova tecnologia, que otimizará os procedimentos tecnológicos utilizados na endoscopia clínica.
A invenção se baseia no processo de fluoretação dos géis à base de acetatos e formiatos, tendo como agente fluoretante o ácido hidroflurídrico. O inventor é o premiado professor russo, que atua na UFMS como professor Visitante Sênior, Dr. Petr Melnikov, que em 2017 já tinha recebido o Prêmio de Inovação Tecnológica por sua contribuição no desenvolvimento da saúde na região Centro-Oeste brasileira.
“Os vidros fluoretados são utilizados para fabricação de fibras óticas para endoscopia, fibras laser, sensores . Nesses materiais, o feixe da luz pode ser curvado para iluminar as áreas não acessíveis à luz de propagação direta, coletar informações e transmitir dados. Para a fabricação das fibras usam-se sais do ácido fluorídrico dos metais: zircônio, bário, lantânio, alumínio entre outros˜, explica pesquisador.
De acordo com Melnikov, o processo de fabricação das fibras geralmente ocorre em altas temperaturas. Já, a nova tecnologia permite obtê-los por meio da reação dos sais de metais com o ácido hidrofluorídrico. Dessa maneira, o processo será realizado mais facilmente, a temperatura moderada, sem usar gases inertes, que são caros.
A nova técnica poderá ser utilizada para atender o mercado de materiais médicos e eletrônicos, devido aos baixos custos de produção em relação a tecnologia hoje utilizada.
A batalha pelo registro da patente, durou pouco mais de 10 anos. “É sem dúvida uma vitória para UFMS e para o Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento, incentivando os alunos de medicina também serem pesquisadores”, finalizou Dr. Melnikov.