A taxa de juros do cheque especial chegou a 322 por cento ao ano, em junho, segundo o Banco Central. No mesmo período do ano passado, os juros cobrados pelos bancos para quem deixava a conta-corrente no vermelho eram de 305 por cento.
O aumento se deu, mesmo com o sistema de autorregulação dos bancos, que estabelece o parcelamento automático mais barato da dívida para os consumidores que usam mais de 15% do limite do cheque especial por 30 dias consecutivos.
A estratégia passou a ser adotada pelos bancos há pouco mais de um ano, em julho de 2018. A oferta de parcelamento é feita pelos canais de relacionamento; e é o cliente quem decide se aceita a proposta.
O cheque especial é a modalidade de crédito mais cara para o consumidor e a maioria das pessoas que apela para este tipo de empréstimo está em uma faixa de renda mais baixa, que ganha até dois salários-mínimos.
Em junho desse ano o cheque especial respondia por 2,5 por cento do crédito livre disponível para as famílias. Um volume considerado modesto. Mesmo assim, ele responde por 10% da margem de lucro de juros líquida dos bancos.