Ministério Público Federal no TRE/MS pede condenação de Instituto Ranking Pesquisa por fraude em levantamentos

Durante o período eleitoral é comum no Brasil candidatos questionarem o trabalho de institutos de pesquisas. Em eleições passadas, algumas dessas instituições tiveram seu trabalho rejeitado por estarem muito longe da realidade após a abertura das urnas.
No Mato Grosso do Sul, o Instituto Ranking Pesquisa está sendo acusado pelo Procurador Regional Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de fraude em levantamento realizados em diversos municípios do estado, em especial Ponta Porã.
Na manifestação enviada à justiça eleitoral, o Procurador ressalta que “a legislação eleitoral, na intenção de conferir mais transparência às pesquisas eleitorais, estabeleceu uma sério de requisitos relacionados à comprovação da origem dos recursos financeiros despendidos na sua realização, notadamente em virtude do impacto das pesquisas sobre o eleitorado, e, principalmente, visando coibir a prática de abuso de poder econômico e de outros ilícitos eleitorais”.
Conforme a denúncia, o Procurador reforça que o Ranking agiu “com o claro intuito de ocultar a origem dos valores”, pois Antônio José Ueno, dono do Instituto Ranking, “abriu duas empresas distintas e com elas realizou a contratação de diversas pesquisas” no Mato Grosso do Sul.
NA cidade de Caracol, a Rádio Bioceânica FM 102,3 pertence ao mesmo grupo econômico do Instituto Ranking e recebe valores financeiros em forma de publicidade institucional da Prefeitura Municipal de Caracol, por meio do prefeito Carlos Humberto Pagliosa, o “Neco Pagliosa”.
Vale ressaltar que o Ranking também enfrenta acusações na Justiça Eleitoral do Maranhão, a partir do Conselho Regional de Estatística da 5a Região – CONRE 5, por divulgar pesquisas naquele estado sem estar em conformidade com a lei 6.839/80, tendo usado um profissional de estatística que não foi devidamente registrada. Isso lança dúvidas sobre a lisura dos procedimentos do Instituto.