Saúde

Anvisa abre consulta pública para debate sobre rótulo em alimentos

Diante das prateleiras, fica difícil escolher o que é mais ou menos saudável, entre os alimentos. Começando pelas embalagens, que não ajudam em nada: letras muito pequenas, tabela nutricional que nem todo mundo entende e, assim, a gente pode estar levando um vilão para dentro de casa.

Para abrir o olho do consumidor, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai realizar duas consultas públicas, para debater o assunto. Uma vai ser sobre os rótulos dos produtos, que precisam ajudar os consumidores na hora de escolher o que comer. A outra consulta é sobre normas que devem ser estabelecidas para a indústria alimentícia.

Até a abertura da consulta pública, o processo foi acompanhado pelo IDEC, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Para identificar esses vilões da saúde, nos alimentos, a Anvisa adotou, por exemplo, a imagem de uma lupa para indicar a presença desses ingredientes, em grande quantidade. A nutricionista do IDEC, Laís Amaral, diz que a rotulagem frontal como alerta é um passo importante, mas ainda não é o que o instituto defende para o consumidor.

A proposta que a Anvisa quer estabelecer é a adoção de um modelo obrigatório de rotulagem frontal para alimentos com alto teor de açúcar, gordura saturada ou de sódio. A diretora da agência, Alessandra Soares, explica que o foco é, no fim das contas, a saúde da população brasileira.

A consulta pública sobre esse modelo vai consistir no envio de contribuições à Anvisa, a partir da publicação do Diário Oficial da União.

Entre as propostas, estão informações nutricionais por 100 gramas ou 100 mililitros, além das informações por porção. Também foi pensado colocar dados da tabela nutricional com as letras em cor preta e fundo branco. Tudo padronizado.

Com a adoção da nova rotulagem, a expectativa da Anvisa é melhorar a saúde dos brasileiros. De acordo com o Ministério da Saúde, o número de adultos obesos, no Brasil, cresceu 67% nos últimos 13 anos. Desde então, estamos diante do maior índice: a cada cinco brasileiros adultos, um está obeso.

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