O ex-assessor do senador, Flávio Bolsonaro (Republicanos -RJ), Fabrício Queiroz foi preso nesta manhã (18), na cidade de Atibaia (SP), sim, a mesma cidade do famoso sítio conhecido como sendo do ex-presidente Lula. A operação Anjo realizada pela investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e Polícia Civil carioca. Ele estava escondido na casa do advogado da família Bolsonaro, que é frequentemente visto em Brasília juntos com familiares do presidente.
Contra outros suspeitos de participação no esquema (o servidor Matheus Azeredo Coutinho, os ex-funcionários Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins e o advogado Luis Gustavo Botto Maia), o MPRJ obteve na Justiça a decretação de medidas cautelares que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, comparecimento mensal em juízo e a proibição de contato com testemunhas.
A polícia ainda cumpre outras medidas cautelares autorizadas pela Justiça do Rio de Janeiro, relacionadas ao inquérito que investiga a chamada “rachadinha”, em que servidores da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) devolveriam parte dos seus vencimentos ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro.
Vídeo mostra momento da prisão de Queiroz em Atibaia https://t.co/zGsllmTUmz pic.twitter.com/LqSRHYhrTC
— Estadão (@Estadao) June 18, 2020
Entenda o caso
Fabrício Queiroz era lotado no gabinete do Flávio na época em que ele era deputado estadual. O nome dele consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), utilizado na Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no RJ, que prendeu deputados estaduais cariocas no início de novembro de 2019.Os dados apontam uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor.
Queiroz saiu de cena após conceder uma entrevista ao SBT Repórter afirmando que a movimentação financeira era devido a compra e venda de automóveis. Sobre depósitos feitos na conta pessoal da primeira Dama, Michelle Bolsonaro, ele e o presidente Jair Bolsonaro afirmaram que se tratava de um empréstimo.
Alegando problemas de saúde, ele teria feito uma cirurgia para retirada de um suposto câncer, depois apareceu dançando felizmente no hospital com sua família em vídeo vazado para redes sociais.
Flávio Bolsonaro é citado também com envolvimento de policiais e ex-policiais milicianos, que foram condecorados por ele, quando era deputado estadual. Recentemente o site The Intercept divulgou trechos de investigações do MPRJ que envolve Flávio no financiamento de imóveis e de construtoras irregulares em regiões onde as milícias controlam , inclusive onde houve desmoronamento de prédios.