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Dengue traz preocupação a MS

Com 80% dos focos do Aedes aegypti proveniente das residências, a dengue é motivo de preocupação no Estado de Mato Grosso do Sul. Em 2020, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), já foram registrados 34 óbitos, 54,5% a mais que as mortes contabilizadas em todo o ano passado (22 vítimas da doença).

Para a diretora-geral de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho, os números são alarmantes diante da alta incidência em todos os municípios do Estado. “Infelizmente, muitas pessoas não estão colaborando, existem muitos criadouros nas residências que precisam ser eliminados pelos próprios moradores, considerando que 80% dos criadouros se concentram nas residências”.

De janeiro ao dia 13 de maio deste ano, Mato Grosso do Sul contabilizou 56,1 mil casos notificados de dengue no Estado, o segundo maior do País e o segundo maior patamar visto desde 2013, abaixo apenas do total registado no ano passado. “O número pode ser ainda maior que a realidade, considerando que por receio ao coronavírus, a população pode estar evitando ir aos postos de saúde, o que não pode acontecer já que o atendimento tardio pode piorar a situação do paciente”.

Segundo o boletim epidemiológico da dengue, os municípios de Nova Andradina, São Gabriel do Oeste e Douradina são os que registram a maior incidência de casos, de 6,3 mil; 6,1 e 6 mil casos para cada 100 mil habitantes, respectivamente. Campo Grande é o local com maior número absoluto de casos, com 11 mil notificações ao longo deste ano.

Larissa alerta a população para que, mesmo durante o inverno, seja mantido e até mesmo intensificado o manejo ambiental, ou seja, a eliminação de criadouros. “Mesmo durante o frio, ainda assim ocorre a transmissão. Aqui no Estado a ocorrência do Aedes é o ano todo”.

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