O deputado estadual Pedro Kemp (PT) foi xingado e agredido com um soco enquanto deixava a missa do Santuário Nossa Senhora da Abadia, no Bairro Cidade Jardim, em Campo Grande, na noite de domingo (28). O parlamentar registrou boletim de ocorrência contra seu agressor, um economista de 76 anos.
Segundo o registro na polícia, Kemp deixava a missa quando foi abordado pelo idoso de forma “ríspida e agressiva”. “Faz favor de tirar meu nome da sua mala direta, eu não quero receber nem mais uma correspondência sua”, disse o economista para o deputado, que se prontificou a atender o pedido e perguntou seu nome.
O agressor continuou exaltado e apontou o dedo para Kemp, que pediu para que não lhe apontasse o dedo, o que irritou ainda mais o idoso. “Canalha, bandido, falso”, xingou o homem. O deputado questionou se estava sendo agredido por ser petista e ter votado no presidente Lula, mas voltou a ser xingado.
Kemp, então, pediu para que ambos deixassem a frente da igreja e fossem para um lugar reservado, pois várias pessoas estavam vendo a cena e deixando a missa. O idoso concordou, porém, desferiu um soco no peito do parlamentar e gritou: “Eu vou te bater”. Na sequência, alguns dos presentes separaram os dois e levaram o economista embora.
Após o ocorrido, o deputado estadual foi à Delegacia de Pronto Atendimento da Polícia Civil e registrou boletim de ocorrência.
“Acabei de registrar um boletim de ocorrência por ter sofrido agressão verbal e física na saída de uma igreja. Está difícil conviver com pessoas que não conseguem respeitar nossas convicções políticas”, relatou Kemp em suas redes sociais.
“Ainda bem que meu agressor era um cristão que tinha acabado de participar de uma missa. A partir de agora elas vão responder à justiça. Cansei!”, concluiu.
Esta não é a primeira vez que Pedro Kemp é alvo de ataques por causa de sua posição política. No primeiro turno das eleições deste ano, o deputado foi criticado durante uma missa. Bolsonaristas filmaram o episódio, que viralizou nas redes sociais.
A reportagem não conseguiu contato com o economista de 78 anos acusado pelas agressões.