Voltando as análises e observações sobre os investimentos e subsídios ao futebol sul-mato-grossense e seus impactos econômicos, retomo a apreciação da movimentação financeira do campeonato sul-mato-grossense e os torneios regionais e nacionais, por meio dos clubes, poderes públicos e entidades de administração do futebol local giraram em 2021.

Sem analisar mérito do resultado esportivo e rankings, vamos focar nos orçamentos realizados levando em consideração balanços apresentados junto a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), notícias e diários oficiais de prefeituras e governo do Estado. 

O maior investimento realizado no futebol sul-mato-grossense foi realizado pela entidade de administração do futebol local. A FFMS aportou R$ 2.780.234,82, com R$1.752.993,20 investidos no esporte profissional e outros R$ 100.500 como auxílio ao clubes amadores segundo a prestação de contas de 2021, disponível no site da Confederação Brasileira de Futebol(CBF). As receitas da FFMS são baseadas em inscrições, anuidades de clubes e ligas, transferências de atletas, repasses da CBF, patrocínios e termos de fomento.

Já o segundo maior investimento foi realizado pelo governo do Estado, que apoiou por meio da Fundação de Esporte e Lazer do Mato Grosso do Sul (Fundesporte) o futebol profissional com R$ 880 mil, divididos entre o campeonato Estadual profissional com R$ 820.902,00 e R$ 60 mil para o União ABC disputar a Copa SP.

O time do Aquidauanense movimentou R$ 282,060,00 reais, sendo R$ 260 mil aportados pelo prefeitura da cidade. O time do União ABC recebeu R$ 252.378,00, sendo R$ 32.500,00 de subsídios/receitas da FFMS e os R$ 60 mil da Fundesporte já apontado.

O Esporte Clube Comercial movimentou R$ 218.733,77, porém com uma receita menor, baseada mensalidades de sócios patrimoniais que rendeu R$ 52.525,00 e patrocínios R$ 92.200,00 teve um prejuízo no exercício de 2021. Já o rival, Operário investiu R$ 632.749 reais. O Dourados Atlético Clube (DAC) movimentou R$ 459.613,36 por meio de doações. Com a prestação de contas do termo de fomento da prefeitura de Costa Rica foi possível observar o repasse de R$ 630 mil ao Costa Rica Esporte Clube. Águia Negra teve pelo menos R$ 680 mil investidos em 2021, sendo R$ 120 mil da cota Série D e R$ 560 mil da cota da Copa do brasil.

Não foram computados os investimentos realizados pelo Serc Chapadão e Três Lagoas, pois até o momento não constam as prestação de contas no site da federação de futebol. 

Ítalo Milhomem, jornalista formado pela UFMS, ex-presidente do Esporte Clube Comercial-MS e Gestor de Futebol pela CBF Academy