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Governo de MS diz que não há risco de contágio de vírus mortal na fronteira com a Bolívia

Foto: Edemir Rodrigues/Portal de MS

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou nota oficial, nesta quarta-feira (18), em que diz não haver riscos de transmissão do vírus Chapare nos municípios que fazem fronteira com a Bolívia. A SES destaca que os casos da doença registrados no país vizinho ocorreram em 2019, sem nenhum caso em 2020.

A Secretaria diz que foi comunicada pelo Ministério da Saúde, que informou sobre estudo no jornal inglês The Guardian, onde cientistas descobriram que o vírus Chaparre, uma rara doença identificada na Bolívia, pode ser transmitido entre humanos. Nunca foram registrados casos no Brasil.

O comunicado é procedimento padrão dentro dos protocolos do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde. A Vigilância do município de Corumbá também foi informada para ficar em alerta caso algum paciente da rede de saúde seja atendido com sintomas da doença.

O vírus Chapare é transmitido por alimentos e água contaminados pela saliva, urina e fezes de ratos infectados. Os sintomas são febre, dor de cabeça, vômito, diarreia, dores nas articulações, erupções cutâneas e sangramentos nas gengivas – e pode levar à morte.

Surto na Bolívia

Segundo reportagem da BBC Brasil, um vírus raro que causa febre hemorrágica e pode levar à morte foi transmitido entre humanos na Bolívia, no primeiro caso documentado desse tipo de transmissão.

O surto ocorreu no ano passado, na província de Caranavi, no departamento de La Paz. Dois pacientes com febre hemorrágica Chapare, doença causada pelo vírus Chapare, infectaram três profissionais de saúde (um médico residente, um médico de ambulância e um gastroenterologista). Três dos doentes morreram, entre eles dois médicos.

O Chapare faz parte da família dos arenavírus, a mesma de outros vírus que causam diferentes tipos de febre hemorrágica. Os arenavírus costumam ser transmitidos a seres humanos pelo contato direto com roedores infectados, como mordidas ou arranhões, e também pelo contato com saliva, urina ou fezes desses animais.

A confirmação de que houve transmissão de pessoa para pessoa do Chapare na Bolívia foi apresentada nesta semana durante encontro anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene.

Mais informações sobre a doença podem ser conferidos ao clicar aqui.

Confira a nota da Secretaria de Saúde da MS

NOTA OFICIAL SOBRE O VÍRUS CHAPARRE

Em relação ao vírus Chaparre (CHHF), a Secretaria de Estado de Saúde esclarece que não há casos registrados em 2020 na Bolívia, portanto não há riscos de transmissão nos municípios que fazem fronteira com o país vizinho.

A Secretaria de Estado de Saúde esclarece que recebeu um comunicado do Ponto Focal Nacional para o Regulamento Sanitário Internacional, do Ministério da Saúde, informando sobre estudo no jornal inglês The Guardian, onde cientistas descobriram que o vírus chaparre uma rara doença identificada na Bolívia, pode ser transmitido entre humanos, após registros de casos na Bolívia em 2019. Somente cinco casos foram registrados na Bolívia em 2019. Nunca foram registrados casos no Brasil.

O comunicado é procedimento padrão dentro dos protocolos do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS). O CIEVS encaminhou esse comunicado para a Vigilância do município de Corumbá para que a Rede de Saúde se atente para possíveis casos suspeitos que atendam à definição, assim como já existe uma lista de doenças sendo monitoradas. Não há casos registrados da doença recentemente.

O vírus é transmitido por alimentos e água contaminados pela saliva, urina e fezes de ratos infectados. Também pode ocorrer a transmissão de humano para humano, conforme observado pelo estudo de cientistas do CDC-EUA.
O vírus Chaparre (CHHF)pode causar sintomas como febre, dor de cabeça, vômito, diarreia, dores nas articulações, erupções cutâneas e sangramentos nas gengivas – e pode levar à morte.

O Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde – CIEVS Mato Grosso do Sul tem como propósito o recebimento, detecção, avaliação e monitoramento de notificações, análise de dados e informações estratégicas relevantes à prática de vigilância em saúde, criando meios de identificação e intervenção precoce nas emergências em saúde pública de relevância estadual e nacional, estimando o risco de expansão destes eventos. Este Centro está disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano, tornando-se a porta de entrada de notificações compulsórias imediatas da Secretaria de Estado de Saúde e consequentemente, a ponte entre o Estado e Ministério da Saúde.

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