O Governo de Mato Grosso do Sul rebateu o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), que disse na quarta-feira (22) que não adianta implementar lockdown no município se não fecharem 34 cidades que mandam pacientes para a Capital.
“O governo manda fechar Campo Grande, mas vai deixar Rochedo, São Gabriel, Sidrolândia, abertas?”, afirmou Marquinhos, conforme registro do site Midiamax.
Publicação no portal oficial do Governo de MS, nesta quinta-feira (23), informa que campo-grandenses ocupam 90% dos leitos hospitalares da Capital.
“Mas ao contrário do que muitos pensam, a maior parte dos pacientes internados na Capital não vêm de outros municípios. De cada 10 pacientes internados com a doença, 9 têm como domicílio Campo Grande”, diz no texto.
Das 158 solicitações de internação por Covid-19 nos hospitais públicos de Campo Grande neste mês (de 1º a 22 de julho), 143 são da própria Capital – o que equivale a 90,5%. Apenas 15 pacientes são do interior, vindos de 11 municípios, todos da macrorregião da Capital.
A realidade na rede privada é a mesma. Das 110 internações no período em decorrência da doença, 100 são de campo-grandenses e apenas 10 de pacientes de outros municípios. Os dados são da Central de Regulação.
A mesma proporção se repete no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, a principal unidade no atendimento a quem está com o novo coronavírus no Estado. No HRMS, 87 dos 96 leitos críticos estão ocupados e a maioria deles por moradores de Campo Grande. São 78 pacientes da Capital e apenas nove do interior.
“Os dados comprovam a situação agravante em nossa Capital, que hoje ocupa o primeiro lugar no ranking estadual de casos confirmados e, infelizmente, de óbitos, evidenciando a necessidade de tomarmos medidas mais rígidas para o controle da doença em nossa cidade”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.