Polícia

Jornalistas serão investigados por execução de suspeito após foto ser divulgada na TV Record

Foto: Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo decidiu instaurar um inquérito para apurar se profissionais da TV Record cometeram crime ao mostrar a imagem de um homem como suspeito do assassinato de uma jovem de 18 anos. Após a exibição pelo “Cidade Alerta”, Alécio Ferreira Dias, 41 anos, foi executado com sete tiros.

De acordo com o repórter Rogério Pagnan, do jornal Folha de S.Paulo, a polícia afirma que Dias não era suspeito de crime algum. Diz que só foi procurada por produtores do programa quando a matéria já estava no ar, com uma série de informações imprecisas.

Além disso, um policial ouvido pela Folha afirmou que a reportagem da Record foi alertada então de que não havia provas contra o homem apresentado como suspeito pela emissora.

A reportagem da emissora afirmava haver relação entre a morte de Priscila Martins, 18, e outros dois assassinatos de mulheres na cidade. De acordo com a emissora, Dias seria o principal suspeito da morte da moça porque, segundo testemunhas, foi visto conversando e dando carona para ela no dia 6 de julho, última vez que Priscila foi vista com vida.

Para a polícia, há uma série de problemas nessas informações. Primeiro, porque não haveria nenhuma ligação entre as mortes mencionadas —uma ocorreu em 2018, outra em 2019. Sobre sobre Priscila, não há ainda confirmação sobre sua morte. O corpo que supostamente seria dela foi encontrado carbonizado e, assim, só será possível essa confirmação após exames de DNA.

Segundo os policiais, não é certa a participação dele na eventual morte de Priscila. Os dois foram vistos juntos em 6 de julho, e o corpo dela foi encontrado dois dias depois.

Procurada pela Folha, a TV Record ainda não se manifestou.

Para saber mais detalhes sobre o caso, basta clicar aqui.

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