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Jovem desabafa preconceito em entrevista de emprego por conta da “cor de cabelo” e recebe propostas de trabalho

“Após o trauma, a jovem recebeu propostas para fazer tratamentos de beleza, acompanhamento psicológico gratuitos e diversas oportunidades de emprego”

Em um momento crítico da economia em que 14,4 milhões de brasileiros  estão desempregados, as oportunidades que surgem deviam ser um alento para muitas pessoas que estão a procura de uma vaga no mercado de trabalho, porém algumas oportunidades podem gerar mais prejuízos, que benefícios na vida de quem busca se recolocar no mercado.

É o caso da Letícia Millerh, que procurou a comunidade “Aonde NÃO ir em Campo Grande-MS” para desabafar a situação vivida durante uma entrevista de emprego em uma loja no Shopping Campo Grande. Ela viu um anúncio de vagas em uma loja de roupas, entrou em contato e marcou uma entrevista na tarde do último sábado (14). Durante a conversa com a gerente do empreendimento, a recrutadora ignorou a parte do currículo da moça e focou apenas na aparência da garota, principalmente na cor do cabelo e na sobrancelha mal feita.  

“Ela me disse as seguintes coisas: o que você quis passar com seu cabelo? Eu não entendi essa cor, esse tom dele, você pode me dizer? Eu na hora segurei o choro sabe, e disse: então eu to desempregada né? Não tem como eu pintar ele, mas eu sou ruiva e sorri”, comentou.

A gerente não parou por ai e ainda teria afirmado que “na loja não tem como ter cabelo sem retoque, os clientes sempre reparado nisso”.

Letícia desistiu da vaga na hora. “Eu simplesmente engoli o choro e resolvi ser uma coisa que ela não foi, eu fui educada, disse que não queria mais a vaga, que não gostei do que ela disse, que sou uma ótima atendente e que não é meu cabelo que me define, e que quando eu posso, eu pinto”, desabafou revelando que saiu chorando da loja.

“Não to fazendo isso por drama pois não preciso, mas as empresas precisam entender que nós as vezes não temos passe, dinheiro para imprimir o currículo, então o mínimo é ter educação. Não importa se é loja de moda, beleza, o que for acho que educação não machuca, não queria me ter na loja usa a desculpa: qualquer coisa te ligo”, finalizou em post.

Empatia

No grupo, muitas mensagens e depoimentos de situações semelhantes e criticas a condução da entrevista pela gerente da loja, sugestões de outras seleções e muita empatia até com doações de serviços de acompanhamento psicológico, pintura de cabelo e sobrancelha.

A publicação tem mais de 1,5 mil interações e mais de 500 comentários no grupo, que discute maus atendimentos e situações que não recomendam tais empreendimentos.

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