CidadesGeralJustiçaPolícia

Mãe de fã de Taylor Swift assassinado no RJ, diz não “guardar mágoas” de assassinos

Campo Grande (MS) – Em suas últimas palavras, na despedida de seu filho, Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, de 25 anos, a psicóloga e especialista em políticas sociais, Inês Auxiliadora Mongenot Santana, afirmou que não sente mágoas, ou qualquer sentimento ruim contra os três homens que assassinaram seu filho, no último domingo (19), na praia de Copacabana no Rio de Janeiro (RJ).

Acompanhada do pai de Gabriel, Carlos José Milhomem, ela reafirmou: “Meu coração não cabe qualquer magoa ou sentimento ruim contra eles. Quero que todos tenham paz e dignidade, trabalhei a vida inteira por isso, paz e dignidade para todos”, finalizou Inês, secretária adjunta da Secretaria de Assistência Social de Campo Grande (MS).

O crime aconteceu na madrugada de domingo (19), horas antes de Gabriel assistir ao show da cantora norte-americana Taylor Swift. Ele estava na praia de Copacabana com amigos da faculdade, em que fazia engenharia espacial na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Eles deixaram cochilando na praia, enquanto davam um mergulho no mar. Minutos depois de voltarem o grupo foi abordado por três homens que roubaram celulares e objetos pessoais. Gabriel teria acordado assustado, o que teria motivado o esfaqueamento por parte dos bandidos, que fugiram a pé pelo bairro de Copacabana.

Os amigos saíram em busca de socorro, os policiais localizaram os suspeitos, a ambulância dos bombeiros chegou, porém Gabriel já estava sem vida.

O corpo do jovem chegou nesta terça-feira (21) em Campo Grande (MS). Devido ao feriado da Consciência Negra no Rio de Janeiro (RJ), houve esse atraso para o envio do corpo para sua cidade natal.

Dos dois detidos na madrugada, apenas um ficou preso. Anderson Henriques Brandão foi reconhecido por testemunhas. Ele já havia sido abordado 56 vezes por agentes do programa Segurança Presente de Copacabana.

Jonathan Batista Barbosa foi encontrado pela Polícia Civil, no domingo à tarde, na Praia de Botafogo. Jonathan chegou a ser abordado, anteriormente,10 vezes por agentes.

Um dia antes de atacar Gabriel, Jonathan tinha sido preso por furtar 80 barras de chocolates de uma loja de departamentos. Ele passou por uma audiência de custódia no sábado à tarde e foi solto.

A juíza Priscila Macuco Ferreira determinou a liberdade provisória e a imposição de medidas cautelares, como a necessidade de comparecimento mensal em juízo e a proibição de frequentar a loja furtada.

O Tribunal de Justiça declarou que os delitos foram cometidos sem o emprego de violência ou grave ameaça e que se tratava de furto de alimentos, que foram recuperados e devolvidos à loja.

A audiência de custódia sobre a morte de Gabriel foi marcada para terça-feira (21).

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Com informações complementares do G1.

Deixar um comentário