Política

Médica, ex-prefeito e ex-assessora de senadora estão entre os alvos da PF em MS

Da esquerda para a direita: Sirlei Faustino Ratier, Juliana Gaioso Pontes e o ex-prefeito Waldeli dos Santos Rosa. Fotos: Reprodução/Redes Sociais

A médica Sirlei Faustino Ratier, o ex-prefeito de Costa Rica Waldeli dos Santos Rosa (MDB), e Juliana Gaioso Pontes, ex-assessora da senadora Soraya Thronicke, são alguns dos alvos de mandados de prisão, busca e apreensão contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) suspeitos de organizar atos antidemocráticos em Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (15).

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e é relacionada à investigação sobre atos antidemocráticos contra o resultado das eleições.

Sirlei Ratier é fundadora do QG Voluntários do Bolsonaro e ajudou na manifestação em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste). Juliana Gaioso foi assessora da senadora Soraya Thronicke (União Brasil). Os advogados das duas confirmaram à TV Morena que elas foram alvos da PF nesta quinta-feira (15).

“Esse é um movimento do povo, não tem organizador ou líder. Concordo em gênero número e grau com o movimento. O povo tem o direito de se manifestar pacificamente, mas não sou organizadora de nada”, afirmou Sirlei ao Campo Grande News logo após ter o nome listado entre as lideranças pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública.

A ex-servidora comissionada da Câmara Municipal de Campo Grande, Juliana Gaioso, que concorreu como deputada federal na eleição deste ano pelo PRTB, também não eleita, consta na lista de liderança dos atos.

“Eu não sou liderança dos movimentos. A minha participação nos atos se dá como jornalista fazendo a cobertura dos eventos para a produção de um documentário. Me coloco a disposição para qualquer esclarecimento e continuarei desempenhando o meu direito constitucional de exercer o jornalismo”, disse a ex-assessora parlamentar, para se defender de ter sido incluída entre as lideranças do movimento.

O ex-prefeito Waldeli dos Santos Rosa (MDB) também foi um dos 17 alvos da operação da Polícia Federal contra bolsonaristas por atos antidemocráticos em Mato Grosso do Sul. O mandado foi cumprido no escritório do político em Costa Rica.

“Foi tranquilo, perguntaram se tinha armas e revistaram umas gavetas”, relatou o emedebista.

Além dos mandados, também foram autorizados bloqueio de contas dos investigados e quebra do sigilo bancário dos investigados.

Os mandados de busca são cumpridos nos seguintes estados:  Mato Grosso, com 20 mandados, Mato Grosso do Sul, com 17, seguido pelo Paraná, com 16, Santa Catarina (15), Acre (9), Amazonas (2), Distrito Federal (1), Rondônia (1).

Em MS, os nomes foram identificados pelo serviço de inteligência da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública a partir do bloqueio das rodovias e da manifestação em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), que completa mais de 40 dias.

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