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Professores de universidades federais processam ministro da Educação por danos morais

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante apresentação do programa "Future-se".

A Associação dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) protocolou na última quarta-feira (22) uma ação civil pública contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por declarações contra honra e moral dos professores.

O sindicato pede o pagamento de indenização por danos morais coletivos em razão de afirmações que compararam os professores universitários com “zebras gordas”, por exemplo, fazendo referência aos salários da categoria que, segundo ele, giram em torno de R$ 20 mil para um trabalho de oito horas semanais.

A Adufg também cita a declaração em que o ministro afirmou que as universidades têm “extensivas plantações de maconha”. “Bem como a tentativa de cercear a livre manifestação de pensamento dos professores e professoras por meio de nota oficial emitida pelo MEC”, completa o sindicato.

O departamento jurídico da associação de professores considera que Weintraub tem dificultado a melhoria da educação pública superior e o classifica como anti-ministro.

Advogado que representa a Adufg, Igor Escher lamenta “a postura contrária aos fins do próprio MEC”. Segundo ele, os atos do ministro não têm legalidade, pois não fazem jus ao cargo. “A antijuridicidade de seus atos o fazem incorrer em improbidade administrativa e passível de condenação por danos morais coletivos”, argumentou.

A ação pleiteia o pagamento de R$ 300 mil por danos morais a cada corpo docente. Os valores seriam utilizados no custeio da Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Jataí (UFJ) e Universidade Federal de Catalão (UFCat).

Fonte: Diário de Goiás

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