Cidades

Com 4 mortes, governo tenta conter surto de covid-19 em aldeias de Aquidauana

Foto: Chico Ribeiro/Portal de MS

Com quatro mortes confirmadas e três em investigação, o Governo do Estado, com o apoio da prefeitura e da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena, do governo federal), tenta conter o surto de coronavírus em aldeias de Aquidauana.

Na quinta-feira (23), foram entregues kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), testes rápidos e frascos de álcool 70 para as sete aldeias indígenas do município.

Além dos kits de proteção, com luvas, máscaras, óculos, protetores faciais e aventais, 1.200 litros de álcool 70 e 1.200 testes rápidos para diagnóstico do coronavírus, o governo promete o envio de uma ambulância, médico e um técnico de enfermagem. O atendimento será feito nas escolas municipais que funcionam nas aldeias.

O atendimento emergencial aos indígenas da etnia terena, que formam uma comunidade de 11.800 pessoas no distrito de Taunay, foi definido no início da semana em reunião da qual participaram o governador Reinaldo Azambuja, os secretários Geraldo Resende (Saúde) e Sérgio de Paula (Gestão Política) e o prefeito de Aquidauana, Odilon Ribeiro.

Durante a entrega do material de proteção individual, o assessor da Comissão de Controle Sanitário (CCS), da Secretaria Estadual de Saúde (SES), tenente-coronel bombeiro Leonardo Congro, ponderou junto às lideranças indígenas a importância de readequar as escolas para receber as pessoas infectadas pela Covid-19. Os caciques fizeram alguns questionamentos mas aprovaram a proposta por unanimidade.

“A prefeitura de Aquidauana está ampliando o atendimento na área indígena, com mais médicos e enfermeiros, mas é imprescindível que os índios permaneçam em suas casas e aqueles que se manifestaram positivos devem ficar isolados nas escolas”, afirmou Congro. “O governo, a prefeitura e a Sesai estão criando estrutura de proteção, contudo o isolamento é fundamental”, completou.

O representante da CCS reiterou o apoio das lideranças indígenas para as comunidades respeitarem as medidas de proteção à doença, estabelecidas por meio de decretos do Estado e do Município, durante conversa ao lado da barreira sanitária montada voluntariamente pelos terenas na entrada do único acesso ao distrito, a 10 km da BR-262.

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