Política

Deputado entra com pedido de impeachment do governador Reinaldo Azambuja

Foto: Luciana Nassar/Alems

O deputado estadual Capitão Contar (PSL) protocolou, nesta terça-feira (20), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, mais um pedido de impeachment contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

O novo pedido tem como base as provas colhidas pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Vostok e que embasaram denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Azambuja pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Na denúncia ao Superior Tribuna de Justiça (STJ), o Ministério Público  pede a perda de cargos públicos dos denunciados e devolução de mais de R$ 277 milhões por participação em escândalo de corrupção e pagamento de propinas.

De acordo com Capitão Contar, o governador também cometeu crime de responsabilidade “e sobre este, cabe privativamente ao Poder Legislativo, nós deputados estaduais, admitir a denúncia e instaurar um Tribunal Especial para julgar e punir o governador”.

“A missão desta Assembleia Legislativa, no caso em tela, é de suma relevância para os destinos deste Estado de Mato Grosso do Sul, pois, realizará uma das incumbências mais importantes do Poder Legislativo, qual seja a de fiscalizar os atos do Executivo e, sobretudo, a de impedir que um governante, que não realiza o bem comum, que não zela pela consecução das políticas públicas, de que tanto carece a nossa população, continue no desempenho do mandato”, complementa Contar em sua justificativa. 

No entanto, se depender do histórico dos colegas de Casa, este novo pedido não deve prosperar. Pelo menos cinco pedidos foram rejeitados em maio de 2017, quando a Assembleia era presidida pelo então deputado estadual Junior Mochi (MDB).

Neste ano, o atual presidente, Paulo Corrêa (PSDB), rejeitou pedido feito pelo vereador Vinicius Siqueira, e pelo suplente de senador, Danny Fabrício, ambos do PSL.

Conforme Corrêa, os fatos apresentados para justificar a abertura do processo de impeachment ocorreram no primeiro mandato de Reinaldo, o que não cabe mais, pois o governador só pode responder por atos cometidos na atual gestão.

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