
A autorização pode ser entregue por laudo, atestado ou relatório
O documento necessário para vacinação do grupo prioritário com comorbidade deve conter o caso do paciente e a autorização médica, podendo ser entregue por meio de laudo, atestado ou relatório.
É o que explica o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho. “O que nós precisamos é de uma autorização, não precisa ser necessariamente um laudo, mas um documento digitalizado eassinado pelo médico que cuida desse paciente, relatando a comorbidade e a autorização, podendo ser apenas isso, ou relatório, laudo e atestado”.
Ainda não há contraindicação para a vacinação, mas a recomendação do Ministério da Saúde é seguir a autorização de cada médico. “Tem alguns casos como a gravidez, não que é contraindicado, mas vai depender do médico que está te cuidando, porque cada caso é particular e por isso a orientação”, acrescenta o secretário.
Sem saber da recomendação, o transplantado Carlos Alberto Muniz, de 53 anos, precisou entrar em contato com seu médico de São Paulo (SP), para a emissão de outro documento.
“Acho que nem meu médico sabia disso, porque no laudo que ele me deu só tem que eu sou transplantado e as vacinas que eu não posso tomar de jeito nenhum, mas não tem nenhuma indicação para a do coronavírus”, contou.
Com a facilidade da internet, Carlos esperava um novo documento com a indicação para finalmente receber a dose.
“Estava muito ansioso, a gente toma imunossupressor, que baixa nossa resistência e aumenta os riscos, então estou me cuidando bastante, até por isso decidimos vir no drive-thrue, pela comodidade de esperar dentro do carro o tempo que for e segurança de não precisar ter contato com outras pessoas”, concluiu.
José Mauro justifica que essas eventuais “falhas” de comunicação, acontecem pelo pouco tempo de divulgação que a saúde tem.
“Isso está acontecendo pelo fato da gente receber as vacinas em cima da hora, não temos tempo hábil de planejar uma ação. Todas as informações que a gente tem, a gente repassa para a população, mas as vezes é tanta coisa e tão rápido que algo acaba escapando mesmo”.
O secretário ainda finaliza tranquilizando a população. “Nós vamos reabrir esse calendário porque é um público muito grande, então as pessoas podem ficar tranquilas e atentas, que estamos diariamente trabalhando para isso”.
Grupo atendido
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), ampliou o calendário de vacinação para repescagem de idosos com 67 anos ou mais e pessoas com comorbidades.
Acima de 60 anos para imunossuprimidos, portadores de pneumopatias crônicas graves e gastrostomizados.
Além disso, maiores de 18 anos sendo transplantados, renais crônicos em diálise, oncológicos com doença ativa em tratamento, transtorno do espectro autista, deficiente mental, portadores da síndrome de down, paralisia cerebral, distrofia muscular, traqueostomizado, deficiente visual e deficiente auditivo.