Terminou nesta quinta-feira (22) em Campo Grande a 8ª Reunião do Corredor Rodoviário Bioceânico. Com duração de dois dias, o evento reuniu no Hotel De Ville Prime autoridades do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, países pelos quais está sendo construída a rota bioceânica.
O deputado federal Vander Loubet participou da reunião na quarta-feira (21) e foi um dos membros da mesa de abertura. Em seu discurso, recordou o histórico de luta pela concretização desse corredor, falou da importância estratégica da obra da ponte sobre o Rio Paraguai (que ligará a cidade brasileira de Porto Murtinho à cidade paraguaia de Carmelo Peralta) e destacou a atuação do seu mandato e também da bancada federal na viabilização de recursos para melhorar a infraestrutura logística do estado com vistas ao aumento no movimento de veículos nas estradas que dão acesso à Região Sudoeste.
“O Zeca [do PT, ex-deputado federal] e eu atuamos bastante junto à Embaixada do Paraguai em Brasília a fim de viabilizar a entrada da Itaipu Binacional nessa empreitada, que está financiando os R$ 290 milhões da ponte em Porto Murtinho. Além disso, nossa bancada federal tem trabalhado para viabilizar os recursos necessários para a melhoria das nossas estradas que dão acesso às nossas fronteiras: conseguimos com o DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] para este ano R$ 20 milhões para a recuperação de pontos críticos da BR-267 entre Murtinho e Jardim e Guia Lopes da Laguna e da BR-262, principalmente entre Corumbá e Miranda; e colocamos outros R$ 139 milhões no PPA [Plano Plurianual] de 2020-2023 do governo para a construção do acesso da BR-267 à ponte sobre o Rio Paraguai”, explicou Vander, após a abertura.
Estudos preliminares de viabilidade econômica do corredor apontam um panorama positivo, especialmente na redução dos custos de transporte de produtos e da distância entre os centros produtores do Brasil e os países asiáticos. Dados do Ministério das Relações Exteriores mostram que a tonelada de uma carga trazida do porto de Antofagasta (no Chile) diretamente a Campo Grande terá um custo 49% menor em comparação às rotas por Uruguaiana (RS), Foz do Iguaçu (PR) ou Ponta Porã (MS). Os estudos encomendados pelo governo brasileiro analisam também os destinos não apenas asiáticos, mas centros consumidores do Canadá, México e costa oeste americana, para identificar e atrair novos parceiros comerciais.
Vander Loubet reforça que Mato Grosso do Sul não pode perder de vista as oportunidades que o novo corredor vai gerar, não apenas na questão logística. “É importante a gente identificar o que essa rota vai representar para a população do nosso estado, não só na infraestrutura logística mas também na educação, na cultura, no turismo… Por isso tomei a iniciativa de destinar uma emenda parlamentar para que a UFMS [Universidade Federal de Mato Grosso do Sul], em conjunto com as demais universidades do estado, promova um amplo estudo e nos ajude a identificar as oportunidades e potencialidades da Rota Bioceânica”, concluiu.