
As 14 pessoas internadas com suspeitas de intoxicação por dietilenoglicol estão em estado grave e risco de morte.
É o que afirma a Secretaria de Saúde de Minas Gerais. Das 14, somente 3 tiveram confirmada a intoxicação nos testes de laboratório.
No caso das quatro mortes já confirmadas, em apenas uma foi constatada a presença do dietilenoglicol.
A secretaria inclusive mudou a definição dos casos de síndrome neufroneural para intoxicação exógena por dietilenoglicol para ampliar a investigação. Assim, o número de casos pode aumentar.
A Secretaria de Saúde estadual fez hoje um balanço sobre os casos de intoxicação e alertou a população para não consumir os produtos da cervejaria Backer.
O superintendente de Vigilância Sanitária de Minas Gerais, Filipe Laguardia, explica quais são os casos suspeitos de contaminação que devem ser notificados imediatamente à Secretaria de Saúde do Estado.
Os principais indícios da investigação da Polícia Civil mineira levam a intoxicação pela ingestão das cervejas Belorizontina da empresa Backer.
O Ministério da Agricultura divulgou que a água utilizada pela cervejaria estava contaminada pelo dietileno e pelo monoetilenoglicol. Amostras de 22 lotes de 8 marcas de cervejas da Backer também comprovaram a presença das substâncias tóxicas.
A Polícia Civil ontem realizou mandados de buscas e apreensão na empresa química fornecedora das substâncias para a cervejaria. Também foram ouvidos ex-funcionários como testemunhas.
A Backer informa que, na quinta-feira (16), teve acesso a um vídeo que pode estar relacionado com as investigações, que foi repassado à polícia.
A empresa reforçou que é a principal interessada na apuração dos fatos e que o objetivo é auxiliar e contribuir sem restrições com as autoridades.
A Polícia informou que está analisando o vídeo, mas, por motivos de sigilo e para não atrapalhar as investigações, nenhum detalhe do caso será divulgado nesse momento.