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Zé da Farmácia cobra políticas públicas em audiência sobre Bem Estar Animal

O vereador e vice-presidente da Comissão Permanente de Defesa, Bem-Estar e Direito dos Animais Zé da Farmácia (PODEMOS) participou nesta sexta-feira (6) da audiência pública para tratar do assunto do bem estar animal em Campo Grande.

Zé da Farmácia, que atua como protetor e abriga em sua casa 55 gatos, cobrou políticas públicas efetivas de proteção e tratamento de bem estar aos animais.

“Infelizmente, o que temos visto é o abandono. Eu recolho, pois não há onde levar. Pelo menos para passar uma noite de frio e se alimentar. Eu sou um de vocês (protetores de animais) e me preocupo com a causa animal. Nossa grande preocupação é a castração, que infelizmente é muito lenta em Campo Grande. Não temos um abrigo para acolher esses animais. Queremos propor meios de acolher esses bichinhos, dar uma vida melhor para eles”, pediu.

O vereador avaliou que a discussão profunda é benéfica para melhorar as politicas públicas para o setor que é bastante esquecida.

“A audiência pública foi fervorosa, mas isso é bom. Tem que ter discussões para chamarem a atenção para causa animal, que é muito esquecida, pouca coisa anda. Foi muito a audiência, que terá agora reuniões permanentes a cada 15 dias, que com certeza irei participar.

TAC – UPA VET – 

A representante do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a promotora de Justiça Luz Marina Borges Maciel Pinheiro lembrou que o órgão firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o município, em fevereiro, que se comprometeu com a implementação da Unidade de Pronto Atendimento Veterinário até agosto de 2022. O Executivo também deverá por em prática projetos de castração de cães de gatos, além de incluir nas leis orçamentárias políticas públicas voltadas ao bem estar animal.

A titular da Subea, Ana Cristina Camargo de Castro, revelou que o Centro de Acolhimento Transitório e Adoção de Animais está em fase de alteração do projeto arquitetônico, e a UPA Vet no projeto executivo. 

“Temos uma grande preocupação para que esse Centro não se torne um depósito de animais. Estamos correndo atras para que esse Centro se torne uma realidade: que o animal possa ser reabilitado, microchipado e reintegrado. Sabemos da realidade, sou da causa animal. Sei da urgência de um centro de acolhimento. Já tive o aval do prefeito para que a gente possa ir atras. Já estamos vendo locais para fazer um centro de acolhimento temporário, enquanto nosso centro possa realmente sair do papel. Temos uma gestão preocupada e estamos atrás para resolver esse problema”, garantiu.

Falando em nome dos protetores, a veterinária Maria Lúcia Metello, da ONG Abrigo dos Bichos, cobrou mais políticas públicas voltadas aos animais. “Uma cidade como Campo Grande precisa castração massiva para impactar no controle reprodutivo dos animais de rua. Temos que castrar 3 mil animais por mês, por ser uma questão de saúde pública. Protetor trabalha de graça. Muitos tiram de sua boca para alimentar animais na rua. A causa animal de Campo grande clama por atenção. Por mais seriedade. Há muito tempo se pensava que a proteção animal era coisa de quem não tinha o que fazer. Não. É questão de saúde pública. Os animais contam com nossa voz. Nós exigimos seriedade e respeito”, cobrou.

Audiência pública convocada pela Comissão Permanente de Defesa, Bem-estar e Direitos dos Animais da Câmara Municipal reuniu, autoridades, ONGs e pessoas ligadas a proteção animal.

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