Política

Deputados barram tentativa de acesso a provas da PF contra Reinaldo Azambuja

Foto: Divulgação/Alems

A maioria dos deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul votaram contra o requerimento que solicita ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) acesso às provas que levaram ao indiciamento do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e corrupção passiva, pela Polícia Federal.

Foram 12 votos contra e 4 favoráveis à proposta apresentada pelo deputado Capitão Contar (PSL), que foi a votação em sessão online neste terça-feira (14).

Foram contra o compartilhamento das provas, os deputados Antônio Vaz (Republicanos), Barbosinha (DEM), Eduardo Rocha, Evander Vendramini, Gerson Claro, Herculano Borges (SD), Onevan de Matos (PSDB), Márcio Fernandes (MDB), Marçal Filho (PSDB), Londres Machado (PSD), Lídio Lopes (Patriota).

A favor foram Cabo Almi (PT), Capitão Contar (PSL), João Henrique Catan (PL) e Pedro Kemp (PT).

Não votaram: Coronel David (sem partido), Felipe Orro (PSDB), Jamilson Name (sem partido), Lucas de Lima (SD), Neno Razuk (PTB), Renato Câmara (MDB). 

Indiciado junto com Reinaldo Azambuja pela Operação Vostok, o deputado Zé Teixeira (DEM) se absteve de votar.

Governador indiciado pela PF

O inquérito que envolve o governador Reinaldo Azambuja foi aberto com base na delação premiada dos executivos do grupo J&F, também atinge seu filho Rodrigo Souza e Silva e outras 20 pessoas envolvidas no esquema.

O relatório foi enviado ao ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relator do caso. A investigação foi conduzida pelo Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) da PF, responsável por casos envolvendo políticos com foro privilegiado. Agora, caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir, com base nas provas obtidas, se apresenta denúncia contra Azambuja.

Provas foram obtidas através da Opeação Vostok, que incluiu a deflagração de busca e apreensão, quebras de sigilo bancário e dezenas de depoimentos, a PF obteve provas independentes que corroboraram a delação e apontaram que as propinas foram pagas por meio de dinheiro vivo, repasses da JBS a um frigorífico que gerava notas fiscais frias e, por último, por doações eleitorais oficiais, entre os anos de 2014 e 2016.

Com a divulgação do indiciamento, um novo pedido de impeachment contra Reinaldo Azambuja foi protocolado na Assembleia Legislativa. No entanto, como demonstrou a votação desta terça, o processo não deve prosperar na Casa.

*Com Midiamax e O Globo.

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