
Como de praxe, o deputado federal Loester Trutis (PSL) utilizou suas redes sociais para comentar sobre a operação que foi alvo da Polícia Federal, após investigação concluir que ele forjou atentado contra si. Em postagem nesta sexta-feira (13), o parlamentar afirma que é vítima do “sistema” e, em vídeo de seis minutos, ataca a imprensa e chama de “fake news” as notícias de sua prisão.
“Tentaram tirar a minha vida e agora o sistema tenta jogar a culpa em mim mesmo, inventam mentiras sistêmicas, e o plano é claro, eles têm o intuito de me impedir de tentar qualquer candidatura em 2022. Não importa a quantidade de coisas boas que eu faça, sempre serei tratado como vilão”, escreveu Trutis, no Facebook.
O parlamentar ainda se compara ao presidente Jair Bolsonaro e a uma vítima de violência sexual.
“Se você acredita que eu realmente seria capaz de atirar em meu próprio carro, você fez parte das pessoas que acreditam que o presidente Jair Bolsonaro forjou a própria facada, ou que uma jovem é culpada do estupro por estar de roupa curta”, conclui.

No vídeo, Loester Trutis comenta como foi sua quarta-feira (12) na superintendência da Polícia Federal em Campo Grande, para onde foi conduzido após ser flagrado com um fuzil de uso restrito, durante as buscas dos policiais federais.
“Fiquei lá a tarde, conversando com o pessoal da Polícia Federal, tomando coca cola, comendo bis”, relata o deputado, que nega ter sido preso. Ele alega que apenas foi à sede da PF para apresentar documentos das armas e munições que tem em casa.
“Eu sou presidente da comissão armamentista, presidente do Instituto Brasileiro Armamentista. P**** vocês queriam que achassem o quê na minha casa?”, dispara o deputado. Ele diz que todo o equipamento tem registro no Exército e nota fiscal.
Apesar de dizer que não foi preso, documento no STF, divulgado pelo site Midiamax, mostra que um delegado comunicou oficialmente a prisão em flagrante à ministra Rosa Weber. Esta, por sua vez, mandou soltar o deputado, que só poderia continuar preso caso cometesse um crime inafiançável, o que não foi o caso.

Segundo o site O Antagonista, a Polícia Federal prendeu Trutis com uma pistola 9mm, um revólver calibre .357 e um fuzil T4, calibre 5.56. O fuzil é de uso restrito, destinada apenas às forças de segurança.
Atualmente, é considerado crime hediondo e, portanto, inafiançável, somente o porte ou posse de armas de uso proibido.